aFlautaMágica

A Genoveva, rapariga bem (da linha, por sinal), estava nervosíssima com os preparativos do casório. Entra a Tia Filipa Gentefina de Vasconcelos que, ao vê-la naquele estado lhe perguntou, de imediato, o motivo de tanta preocupação.
- Aí, Genoveva! Você 'tá tão down. Mas afinal o que é se passa ?
- Oh Tia, 'tou uma pilha!.. Eu 'tou enervadérrima, sei lá...
- Mas, oh Genoveva isso é naturalíssimo com o casamento...
- Oh Tia, você nem imagina !... ...o mundo vai-me desabar em cima...Veja lá que caso amanhã e, justamente quando preciso mais do meu corpinho,'tou com o período... Nem sei que faço! 'Tou mesmo uma pilha...
- Mas, oh Genoveva, tenha calma, não se enerve que eu falo com o Bernardo. Ele é um rapaz 'tão bem... Ele é um querido - de certeza que vai entender.
- Oh Tia Filipa, você faz isso?
- Olhe, vou já ter com ele.
A Tia Filipa visita o Bernardo e expõe a situação:
- Bernardo, como 'tá, meu querido ?
- Oh Tia, 'tou bem. A que se deve esta visita ?
- Olhe: eu nem sei como é qu'eu hei-de começar... ...é q'a Genoveva 'tá enervadérrima porque, justamente agora com a noite de núpcias e isso, 'tá a atravessar aqueles dias do mês que todas as mulheres têm, 'tá a ver?
- O quê 'tá com o período ? Mas, oh Tia, isso é uma coisa normal da vida das mulheres e não constitui um problema, até porque o amor q'eu nutro pela Genoveva é um amor essencialmente platónico.
- Oh Bernardo, você é um querido, você é benzérrimo. Obrigadinho, vou já a correr a contar à Genoveva qu'ela 'tá uma neura.
Meia-hora depois:
- Olá Genoveva! Acalme-se rapariga !
- Então, Tia Filipa? Conte-me q'eu não aguento mais!
- Oh Genoveva, eu não lhe disse que o Bernardo era um querido, q'ele era benzérrimo e q'ia compreender ? Olhe, falei com ele e ele disse que não havia problema nenhum e que o amor que sente por si até é essencialmente platónico...
- Ai mas que bem! Mas, oh Tia Filipa, o que é que é um amor platónico?
- Oh Genoveva, eu também não sei mas, pelo sim pelo não, vá preparando o rabinho...

O netinho foi passar férias com o avô.
Logo após sua chegada, resolveram ir pescar; o miudo ficou num lado do
lago e o seu avô no outro. O miudo não pescou nada, em compensação, seu
avô trouxe muitos peixes, daí ele questionou:
- Mas vovô, como é que o Sr. faz prá pescar tanto?
-Ah! Meu neto!
-Quando eu acordo, pego na cabeça da pila e solto-a. Prá onde
ela apontar, é a margem que procuro, é facil, sempre deu certo.
O netinho de sacanagem, pergunta:
- E se ela ficar dura vovô?
Ele em cima responde:
- Tu achas que eu vou sair prá pescar, puto?

Aquele work-aholic chega em casa um pouco mais cedo e pega a mulher na cama
com outro.
Furioso, pega a pistola, encosta na cabeça do sujeito, quando este o
interrompe:
- Por favor, senhor. Eu não tive culpa nenhuma! Eu sou apenas um mendigo e a
sua mulher levou demasiadamente a sério o que eu lhe disse.
- E o que foi que você disse a ela?
- "A senhora poderia me dar alguma coisa que o seu marido não usa mais?"


Um judeu foi consultar um médico ao qual nunca tinha ido. Quando entrou no
consultório viu um aviso: "Primeira consulta, 100Euros, consultas
subseqüentes, 50Euros".
O judeu era muito pão-duro, por isso cumprimentou o médico logo dizendo:
- Prazer em revê-lo!
O médico cumprimentou-o com a cabeça e começou a examiná-lo.
A expressão ficava série enquanto o médico mexia e cutucava o paciente.
- Doutor, o que há? Pergunta o judeu.
- O que devo fazer?
- Bem. Disse o médico.
Continue a fazer a mesma coisa que lhe recomendei a fazer da última vez que
esteve aqui.

Um casal vinha por uma estrada no interior sem dizer uma palavra. Uma
discussão anterior havia levado a uma briga, e nenhum dos dois queria dar o
braço a torcer.
Ao passarem por uma quinta em que havia burros e porcos, o marido
sarcástico:
- >Teus parentes?
- Sim, respomdeu ela. - Cunhados.

Um mecânico está a desmontar o cabeçote de uma moto quando ele vê na oficina
um cirurgiao cardiologista muito conhecido. Ele está a olhar o mecânico
trabalhar.
O mecânico pára e pergunta:
- Hei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta?
O cirurgiao, um tanto surpreso, concorda e vai até a moto na qual o mecânico
está trabalhar. O mecânico levanta se e começa:
- Doutor, olhe este motor. Eu abro o seu coraçao, tiro válvulas, conserto-as,
ponho-as de volta e fecho novamente, e, quando eu terminar, ele volta a
trabalhar como se fosse novo. Como é que eu ganho tao pouco e o senhor
tanto, quando nosso trabalho é praticamente o mesmo?
O cirurgiao dá um sorriso, inclina-se e fala baixinho ao mecânico:
- Tenta fazer isso com o motor a funcionar!

O professor chamou a aluna mais boa da classe e perguntou:
- Rosario, diz-me, qual é o elemento que tem a fórmula química H2SO4?
A miuda colocou um dedinho na boca, pensou, pensou e disse:
- Ai professor... tá na ponta da língua!
E o professor:
- Então, cospe logo que é ácido sulfúrico!

Na escuridão, o meu pensamento ilumina, afunda-me no rio seco, onde o que não falta é lama a tapar a grande fuga no meu coração. Não sei se é amor, paixão ou uma mera ilusão, tão pouco se sabe se a natureza é perfeita para com estas virtudes...oh meu corpo...oh minha cabeça....oh minha mão dormente que não me deixa em paz, que quer fazer tudo e tudo não faz! Preciso dormir, preciso esquecer ou relembrar em sonhos ou mesmo o momento que estou a viver, preciso que algo aconteça, preciso de ti! Vem ter comigo por mãos alheias, por conhecidos ou vagabundos cupidos, vem a caminhar, a correr, a andar a gatinhar, vem, vem como quiseres, mas não venhas por vir, vem para ficar...vem como deve de ser!
Falo para este muro, falo para uma caixa que me involve, alias, não falo, grito, mas ninguem me ouve, pelo menos aquele cujo o ouvido espero mais atenção, estou só, não espiritualmente, pois governo me bem comigo e com as minhas platonicas patetisses, mas estou só aqui, sem ninguem, estou só agora enquanto escrevo e até mesmo enquanto tu lês, se tiveres a ler, pára, e procura alguem para ler contigo, pois podes sempre falhar uma frase por distração, geralmente é o que os meus pensamentos fazem as pessoas, causam distração, e uma ligeira confusão também. "Ser poeta é ser mais forte"... é o que tento ser! ser lirico, parvo, tonto, louco, o que for necessario para partir, não rachar, partir este muro e ver para alem dele, ver se estava mesmo alguem a escutar, ou se vou ter que procurar humilhar-me para me fazer ouvir... não acredito que sinta estas coisas que parecem bordados de vestidos de noivas ou cortinados ao vento por nenhuma razão aparente, sinto que sinto tudo que sentirei que outrem sentirá ou sente, porque serei demente por sentir isto sozinho, só um louco se aventuraria numa luta sem começo, seria beijar o ar, chorar por chorar, seria tudo menos razoavel e francamente eu para demente já basta a vida que tenho pela frente.